domingo, 14 de dezembro de 2014

Pestes

A história do homem sempre foi acompanhada por catástrofes relacionadas à pestes. Mas, o que é realmente considerado uma peste? Nós, cearenses com os nossos neologismos incluímos "Cabra da Peste", com uma conotação de um homem acostumado a vencer todas as pragas (as pestes) do sertão. Mas, o que realmente é uma peste? A primeira grande peste se deu na Europa e Ásia, no século XIV (1333 a 1351) e dizimou em torno de 50 milhões de pessoas. Conhecida como a Peste Negra, ela foi uma das maiores calamidades da humanidade. Transmitida por pulgas de ratos-pretos contaminadas com a bactéria Yersinia pestis. No entanto, na época pouco se sabia de sua causa e muitos foram considerados os culpados pela epidemia, teve inclusive conotações religiosas. Outra grande epidemia foi a causada pelo Cólera. Desde o início da humanidade se tem notícia de vários surtos, mas a primeira grande epidemia foi no século XIX (1817 a 1824). A bactéria Vibrio cholerae causou estragos em muitos intestinos e suas mutações foram agravando seu quadro ao longo da história. No século XX, a Gripe Espanhola assombrou o mundo no início (1918), assim como a AIDS o fez no final do século, e ainda está aí contaminando milhões de pessoas. Outras "pestes" como a Tuberculose, a Malária e a Varíola foram e ainda são fantasmas que rodam, principalmente, os países pobres do terceiro mundo. A "peste" da vez é o Ebola, um vírus de contágio pelo toque e por secreções, que ainda está basicamente restrito à África, e nos apavora pelo seu alto grau de mortalidade. Portanto, temos que estar sempre alertas aos cuidados básicos de saúde. O simples fato de lavar as mãos já ajuda muito. O cuidado com o lixo, a contaminação da água e alimentos, tudo é importante para evitar contagio e transmissão de todos esses males. E, se você é realmente um Cabra da Peste, faça sua parte como cidadão! O planeta e os nossos herdeiros desde já agradecem!

Isaac Furtado

Arte de Marion Bolognesi

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Educação e Saúde

O estado tem como obrigação oferecer a sua população educação e saúde de qualidade. Itens indispensáveis para qualquer programa de governo. Quando ele atinge uma meta, automaticamente observamos uma melhoria na qualidade de vida e no crescimento econômico. O que não observamos no nosso país atualmente. Meu último artigo era Política e Saúde, praticamente os dois estão unidos como um só, de maneira que falar de educação é falar de política.
Recentemente assisti a um vídeo do economista Ricardo Amorim, onde ele faz um paralelo do Brasil com a Coréia do Sul. Falando da história fictícia de dois garotos de gostam muito de futebol, um Sul-Coreano e o outro Brasileiro. Ele começa uma linha do tempo que se inicia em 1960, onde os dois países têm índices econômicos semelhantes, com escolaridade parecida. Nesses 54 anos, a política de educação e saúde da Coréia do Sul fez mudanças radicais em toda estrutura do país. Conforme o Ricardo fala no texto, eles investiram em três itens: “EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO e EDUCAÇÃO!” No Brasil passamos por muitos desgovernos, golpes militares, supostas democracias e ascensão ao governo de partidos de esquerda. Como nosso artigo fala sobre educação e saúde, vamos aos fatos: Hoje na Coréia do Sul o número de pessoas com nível superior é maior do que 70%, e aqui somos apenas 13%. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) deles é mais do que o dobro do nosso. Então, ele termina a história dizendo que o pai do garoto coreano trabalha na mesma empresa do pai do garoto brasileiro. No entanto, ele é o chefe do chefe do pai brasileiro. E na Copa do Mundo que aconteceu aqui, a família Coreana veio toda para assistir aos jogos e conhecer o Brasil. No entanto, infelizmente a família do garoto brasileiro, que também gosta muito de futebol, não teve condições de comprar um ingresso para um jogo. Bem, a Coréia do Sul é menor do que muitos estados brasileiros. A sua vizinha, a Coréia do Norte, passa por muitas dificuldades (mas, não vamos falar de política), assim como nós, com os nossos pífios 0,3% de crescimento e a nossa saúde pública aos farrapos. Então, ligando os dois pontos, só teremos SAÚDE decente, quando tivermos verdadeiramente uma EDUCAÇÃO séria.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Paradoxo - Política e Saúde

Nas vésperas das eleições, eu fico vendo o absurdo de dinheiro gasto com as campanhas políticas, ou na compra direta de votos, principalmente no interior. De uma forma ou de outra, quase todos são comprados. Quanto vale o seu voto?
Vivemos numa nação dita democrática, pois temos dentre outras liberdades, a sublime condição de elegermos os nossos governantes. No dia da eleição é só você e a urna, mas muita história se passa entre estes dois pontos. Voltas e mais voltas, conchavos e acordos selam a sua opção. Lembro de Goethe, com o seu célebre “Fausto”. Lembro de Oscar Wilde com o seu imortal “Retrato de Dorian Grey”. Todos venderam sua alma em troca de algo. Em troca da beleza, da imortalidade, de riquezas as mais diversas. Muitas almas estão empenhadas nessas eleições. E muitos nós devem ser desfeitos para podermos dizer de peito aberto: Vivemos numa Democracia. Hoje, infelizmente, diria que estamos numa “Corruptocracia” regida por um Nó Górdio. Nó esse, que só poderá ser desfeito de duas maneiras. A primeira, Alexandre, o grande, já o fez na base da espada. A segunda é muito mais lenta e correta. Desfeita no curso de mais de uma geração. Soltando o nó com muito cuidado, às custas da educação do seu povo. Não apenas investindo na educação técnica, mas, principalmente, na educação moral e ética. Do exemplo passado de pai para filho, de governantes para governados. De outra maneira, como poderemos fazer o correto, se nós não temos exemplos para seguir? E a saúde, onde fica? Vejo em todos os discursos a mesma promessa de educação, saúde, segurança… Vejo ideologias passarem, esquerda ou direita, de nada vale quando se chega no poder. Os projetos ditos populares visam apenas uma coisa, o seu voto para as próximas eleições. Como já falei antes, não precisamos de mais médicos apenas, mas, de mais SAÚDE! E o SUS que poderia ser um grande exemplo mundial, hoje se encontra no limite da bancarrota. Todos os hospitais, de Norte a Sul, estão superlotados, com pacientes que demoram semanas nos corredores, internados de maneira sub-humana. No entanto, a saúde é o maior cabo eleitoral existente neste País. Quantas cirurgias já foram feitas na troca de votos? Quantos óculos, cesarianas e dentaduras foram barganhados? E depois das eleições tudo se acaba, tudo é esquecido, tudo é adiado para daqui a quatro anos. Enfim, eu me interrogo inocentemente: Quanto será o montante total gasto nessas eleições? Pagaríamos nossa dívida externa com esse dinheiro? Construiríamos quantos hospitais? Quantas escolas? Mas, não. Vemos apenas cavaletes espalhados pelas calçadas, com belas fotos embelecidas por Photoshop. Vemos apenas promessas desgastadas, notas de cem reais esquecidas em bolsos, parcerias fáusticas seladas na calada da noite. Saibam que, quem vende a própria alma- pode ter a certeza- um dia será cobrado, na saúde ou na doença. Será que algum dia a antinomia da Política e da Moral irá acabar? Artigo publicado no jornal Gazeta do Centro-Oeste. 16 de setembro de 2014. Imagem: trabalho de Damien Hirst

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Planejamento das Cirurgias Plásticas no paciente Ex-obeso

A cirurgia plástica no Ex-obeso é hoje uma nova categoria dentro da especialidade. São cirurgias que envolvem um cuidado redobrado, tanto na parte clínica (com atenção para anemia), como na parte cirúrgica (pelo risco aumentado de hematomas e deiscências das suturas). Elas são feitas em praticamente todas as regiões do corpo, devido à quantidade de pele que sobra após a grande redução ponderal. Na face: a Ritidoplastia (lift), e a Blefaroplastia (pálpebras); no corpo: Mastopexia com prótese de mama, Abdominoplastia (normal, em Âncora, ou Circunferencial, quando necessário), Flancoplastia, Gluteoplastia, Lift de braços e de coxas, e Toracoplastia. Quando os cirurgiões plásticos começaram a fazer estas cirurgias, não havia ainda uma padronização, ou adaptação para estes pacientes ex-obesos. Muitas complicações eram devido aos grandes descolamentos, que hoje, sabemos serem desnecessários. Grandes transformações foram feitas para melhorar o tratamento destes pacientes. As primeiras Gastroplastias eram abertas, com grandes incisões medianas acima do umbigo. Logo, no tratamento do abdome as incisões medianas eram feitas com mais frequência. Hoje, com as cirurgias por vídeo, as pequenas incisões resultantes nos fazem optar por outro tipo de abdominoplastia, a circunferencial. No entanto, o abdome é apenas um capítulo à parte dos pacientes ex-obesos. Temos que ver o todo, avaliando sempre o lado psicológico destes pacientes, e planejar muito bem a sequência e a associação das cirurgias a serem feitas. Optamos por fazer uma divisão do corpo em quatro partes: 1- face e pescoço; 2- mama, tórax e braços; 3- abdome e dorso; e 4- coxas e pernas. Desta maneira, com quatro cirurgias podemos tratar todas as regiões, quando indicadas, ou necessárias. A ordem delas pode ser optada pelo paciente, sendo, normalmente, aquela região que mais o incomoda, a primeira. A parte 1 é mais acometida em pacientes acima dos quarenta anos, com flacidez no terço médio e inferior da face, e principalmente, no pescoço. O tratamento para estes casos é a Ritidoplastia (ou Lift facial), com preenchimentos faciais posteriormente. A parte 2 é bem extensa, e pode ser necessária uma cirurgia mais ampla, a Toracobraquio-mamoplastia, normalmente com colocação de próteses de mamas. Onde são tratados os braços, a lateral do tórax, e a ptose mamária (presente em praticamente 100% dos casos). A parte 3 é tratada com a Abdominoplastia, que muitas vezes tem uma cicatriz estendida posteriormente, para tratamento dos flancos e dorso (a Abdominoplastia circunferencial), o abdome em Âncora, com cicatriz mediana é deixado para casos mais extremos. Em alguns casos, pode ser utilizado o excesso de tecido lateral dos flancos como retalho para preenchimento da região glútea. A parte 4, normalmente, é a última a ser feita, com a retirada da flacidez das coxas, com a Cruroplastia, ou Lift crural. Com uma cicatriz que desce pela região inguinal, coxa interna, até no joelho. Todas as cirurgias realizadas nestes pacientes têm como objetivo aumentar sua auto-estima. Mesmo com muitas cicatrizes, o tratamento retira os últimos estigmas da obesidade extrema, ao eliminar o grande excesso de pele. Matéria publicada no Jornal Gazeta do Centro-Oeste

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Envelhecer ou não, eis a questão.

O envelhecimento da face é um processo lento e progressivo que envolve vários fatores, como: a exposição solar, a alimentação, a limpeza e a hidratação da pele. A face é uma das regiões do corpo mais atingida, e os sinais aparecem a partir dos quarenta anos, com rugas e manchas. A nossa face é o cartão postal de todo corpo, e hoje temos muitos recursos para mantermos o nosso rosto jovial e belo. A medicina em prol da estética melhora em todos os aspectos. Nas estruturas profundas, temos um grande avanço nas cirurgias Buco-maxilofaciais, com cirurgias de reposicionamento ósseo, as Osteotomias Estéticas da Face. Na odontologia, os implantes dentários, os clareamentos e as cirurgias ortognáticas produzem arcadas dentárias cada dia mais perfeitas. Superficialmente, a Dermatologia também atua de forma radical. Tanto em produtos farmacológicos, com cremes produzidos a base de nanotecnologia, que agem nas camadas mais profundas da derme; como, com aparelhos mais potentes, que fazem pellings mais precisos, e estimulam o colágeno efetivamente ( como o Ulthera, o Triactive, e os Lasers já conhecidos). Na cirurgia plástica, caminhamos cada dia para resultados mais naturais. Respeitando a anatomia de cada paciente e evitando trações exageradas, que retiram as características individuais. Ainda são tratamentos caros, mas quando bem indicados, podem fazer mudanças de anos na face, trazendo benefícios incomensuráveis para aqueles que se incomodam com suas rugas. Nesse intuito desenvolvemos um conceito, o FACI (Facial Anti-aging Complete Improvement). A filosofia do FACI é exatamente a união das especialidades, com um acompanhamento integrado entre a cirurgia plástica, a dermatologia e as outras áreas afins. Dessa forma, iríamos amplificar os recursos, com uma melhor continuidade dos tratamentos. Onde a naturalidade e a satisfação dos pacientes serão os objetivos finais. O melhoramento facial completo contra o envelhecimento – FACI é a associação integrada com a mesma rotina e o mesmo conceito. O Dermatologista indica (quando necessário): os Pellings, as Máscaras, os Lasers, a Toxina botulínica (Botox) e os Cremes para o uso diário. Já o Cirurgião Plástico indica (quando necessário): a Ritidoplastia (cirurgia de face), a Blefaroplastia (cirurgia dos olhos) e os Preenchimentos Faciais (que podem ser feitos pelos dois especialistas).
A Ritidoplastia (ou Facelift) desse conceito, busca um resultado natural e com retorno rápido para as atividades. Alguns estigmas vistos no passado, como: o aumento da boca, a distorção da anatomia dos olhos ou a retirada do pé do cabelo (na costeleta) são alterações inadmissíveis para os padrões atuais. Essa cirurgia é feita com um descolamento mais reduzido da pele, com o reposicionamento da gordura abaixo (a plicatura do SMAS), retirando-se os excessos de pele após uma tração mais efetiva dos retalhos, e o resultado final apresenta uma cicatriz menor e mais escondida. Também pode ser feita uma Lipoaspiração no pescoço, para que haja uma melhor definição da mandíbula e do submento (abaixo do queixo). Após a cirurgia (em torno de três semanas), aquelas rugas que ainda ficaram, devem ser tratadas com preenchimentos faciais. O melhor e mais seguro é o Ácido Hialurônico, produto que dura aproximadamente doze meses. Hoje, ele vem associado a um anestésico, diminuindo a dor no período após a aplicação. Esse produto pode ser reaplicado quando necessário, mas deve-se ficar atendo aos exageros. O tratamento dermatológico continua no período do pós-operatório, ajudando a manter os resultados da cirurgia. Todos esses tratamentos devem ser feitos em conjunto, seguindo uma filosofia e um conceito de naturalidade, sempre em busca do equilíbrio e do bem-estar do paciente.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Nariz, beleza e função

O nariz é o traço mais marcante da nossa identidade, a estrutura anatômica mais representativa da nossa face. Na fisiologia do nariz, basicamente a sua função primordial, é a respiração, por onde inspiramos, e o ar passa, sendo filtrado pelos pequenos pelos das narinas, aquecido e umidificado pelos cornetos, até chegar aos pulmões. Temos os Otorinolaringologistas para operar a parte funcional do nariz, alguns até aventuram-se em fazer cirurgias de Rinoplastia, mas nada supera a formação da cirurgia plástica na abordagem estética do nariz.
As cirurgias reparadoras no nariz já eram feitas há muitos séculos. Na antiguidade, na Índia e no Egito, havia um costume de amputar este órgão de inimigos e delinquentes deixando sequelas dramáticas. Um médico chamado Susrutha realizava reconstrução com retalhos de pele da região frontal da face (conhecido como Retalho Indiano). No Renascimento, na Itália, técnicas de reconstrução nasal com retalhos braquiais, eram feitas por Tagliacozzi, um anatomista de Bolonha, que divulgou a técnica para o mundo. No entanto, apenas no início do século XX a cirurgia estética teve sua origem, e como precursor, o cirurgião alemão Joseph deixou uma técnica e instrumentais cirúrgicos que são utilizados até hoje, com cicatrizes internas. Durante décadas o conceito mais empregado foi o de redução nasal, onde eram tratadas as estruturas ósseas com fratura, e as estruturas de cartilagem eram retiradas e reduzidas. O resultado ainda era insatisfatório, pois deixava estigmas, com restrições na respiração em alguns casos. O conceito de Rinoplastia de adição surgiu após, muitas vezes utilizado na correção de cirurgias anteriores. Muitos enxertos eram utilizados, para elevar e definir melhor a ponta nasal. A técnica aberta de nariz (com pequena cicatriz abaixo, na columela) foi desenvolvida no final do século XX, sendo aprimorada, e hoje apresenta excelentes resultados na Rinoplastia. O conceito atual é de Rinoplastia Estruturada, onde o equilíbrio entre o que é retirado e o adicionado determina uma estrutura forte, funcional e maleável. O mais importante na avaliação do nariz é observar a harmonia e a proporção deste com a face. O que pode ser feito com o estudo da Perfiloplastia, onde ângulos e medidas fixas da face e do nariz são avaliados entre si. No entanto, a visão artística e global do cirurgião é de fundamental importância para que haja um resultado natural e previsível da Rinoplastia. Devemos respeitar inicialmente, a vontade do paciente, ouvindo sua queixa (qual é o local que mais lhe incomoda) fazendo uma cirurgia dentro dos limites da naturalidade. Outro aspecto importante, é esclarecer o que será feito e indicar os locais das cicatrizes (que são muito imperceptíveis). Finalmente, explicar que o resultado é lento, devido o edema (inchaço), até um ano pós-operatório existem mudanças discretas. Informando sobre as limitações da técnica, conforme o tipo de pele, ou as assimetrias acentuadas. Toda cirurgia pode ficar boa, ótima, ou pode ser necessária uma nova intervenção, mas, principalmente, que não existe a perfeição. A Rinoplastia é indiscutivelmente a cirurgia que exige melhor domínio da técnica e maior olhar artístico do cirurgião. Este fulcro situado no centro da nossa face, pode ser grande ou pequeno, árabe ou de boneca, mas sempre será uma pequena porção da nossa personalidade.

sábado, 19 de julho de 2014

Animais mortais

Você saberia responder qual o animal que mais mata? Muitos diriam que é o tubarão, ou o leão. Animais selvagens e agressivos. O crocodilo e o hipopótamo também são muito agressivos quando invadimos seus territórios.
Mas, pasmem, estes animais estão lá atrás, em uma lista de quinze espécies. Hoje no mundo, o animal responsável por mais de 700 mil mortes é o pequeno mosquito. Eles são vetores de várias doenças, transmitindo a malária, e outras patologias como a dengue que tanto conhecemos. Outros pequenos animais também estão nesta lista, como os caramujos transmissores da Esquistossomose, a Tênia S. (solitária), a Ascaris e outros vermes, mundo afora. Os cães, os melhores amigos do homem, também são assassinos. Não por suas mordidas, mas pela transmissão da Raiva, doença mortal. Que, como muitas outras, já eram para terem sido erradicadas, no entanto a raiva ainda mata em torno de 25.000 pessoas por ano no mundo. Em se tratando de poder letal, tamanho não é documento, e dois insetos estão lado a lado nesta lista macabra. O besouro Barbeiro, transmissor da Doença de Chagas; e na África, a mosca Tsé-tsé transmissora da Doença do Sono. As abelhas também atacam e matam quando invadimos seus territórios. Os répteis com sua peçonha aqui são representados pelas Serpentes que, mesmo com a existência do soro antiofídico, ainda matam 50 mil pessoas todos os anos. Na natureza, nós sabemos que existem as presas e os predadores, a vida e o alimento se confrontam a todo instante, é a famosa lei da selva. Assim é que, há milhões de anos, até quando em torno de sete milhões de anos atrás, certo macaco resolveu descer das árvores. Dizem que ele evoluiu muito, tornou-se o principal predador do planeta, e se intitulou de racional. Thomas Hobbes já dizia que “O homem é o lobo do homem”. Mas, o assustado lobo, nesta lista de assassinos, mata apenas dez pessoas por ano, ao lado do temível tubarão. Se eu fosse usar as palavras do famoso filósofo, diria: “O homem é o homem do homem”. Pois é! Perdemos apenas para o pequeno mosquito, o homem está em segundo lugar, com, em torno de 475 mil assassinatos por ano. (Em algumas listas estamos em primeiro lugar, quando somamos as estatísticas das guerras). Somos a espécie que deveria dar bom exemplo aos nossos convivas e ao nosso planeta. Não matamos como o tubarão, que confunde o surfista com uma foca, seu alimento. Matamos para roubar, por domínio de drogas, matamos no trânsito, alcoolizados. Matamos até por amor. E o pior de tudo, matamos em nome de Deus. Quantas guerras hoje no mundo dividem árabes, judeus e cristãos? Escrevi esta matéria, movido pela vergonha de ser o segundo lugar de uma lista que deveria ser muito diferente. Pois, temos inteligência para isso, só não temos governos. Matéria publicada no Jornal Gazeta do Centro-Oeste. Edição 379. 27 de junho de 2014. Foto: Richard Avedon

terça-feira, 6 de maio de 2014

Os juros da saúde

A nossa vida é cheia de verdades transitórias, o que hoje é tido como benéfico para nós, amanhã pode não ser. Um eterno mutatis mutandis na nossa saúde. E é fundamental estarmos informados, para fazer as mudanças na hora certa. Com relação aos alimentos, temos exemplos clássicos (como o ovo, o café, a pimenta, o chocolate, até a gordura animal), às vezes, estão por cima e outras por baixo. Os alimentos são aliados e inimigos diários, temos que aprender e como já dizia Hipócrates: “fazer do alimento o medicamento”. A banana é um excelente exemplo de muitos benefícios para nosso corpo. Ela é fonte de muita energia e sempre é utilizada por atletas durante seus exercícios. O preço da banana não faz jus ao valor que ela agrega ao nosso corpo. “O valor do amanhã” é o título de um livro que recomendo, do autor Eduardo Giannetti. Ele fala de um eterno pacto entre o tempo inexorável e o que pretendemos fazer da nossa vida. O que é melhor, viver a mil por quarenta anos, ou viver a cem por cem anos? Comer uma banana ou um sanduíche? Tudo que fazemos tem o seu preço, temos que ter consciência e atitude diante deste fato. Esse livro me foi presenteado por um tio, já com os seus oitenta anos, a quem prezo muito. Ele, dentro de suas muitas qualidades, tem um defeito, é fumante há uns sessenta anos. Os juros do prazer de fumar estão sendo cobrados dele agora, já operou um câncer e agora está prestes a operar um aneurisma abdominal. O meu tio sabe dos males do cigarro, mas ele tomou sua decisão de enfrentar os “juros” de frente. Assim como o cigarro, a obesidade e o sedentarismo vão cobrar de nós os juros daqui a alguns anos. Assim como o empréstimo feito pelo comerciante Antônio ao banqueiro Shirlock, no livro Mercador de Veneza, de Shakespeare. Onde o valor do empréstimo era meio quilo de carne retirado do devedor. Nós também pagamos com partes do nosso corpo por todos os nossos empréstimos. Nós envelhecemos a todo instante, e se vivermos muito, vamos enfrentar a senescência. Dever um pouco não faz mal a ninguém, mas é muito melhor ter saúde sobrando e emprestar, nem que seja na forma de conselhos, literalmente: vender saúde! A carga genética que trazemos é como uma herança. Alguns nascem muito ricos, muitos são pobres e carregam no seu DNA muitas doenças e patologias que podem se manifestar logo no nascimento, ou ao longo da vida. Inclusive a Doença de Alzheimer e muitos tipos de câncer são males que estão aparecendo mais, pelo simples fato de estarmos vivendo mais. Então, já nascemos devendo um preço pela nossa existência, e quanto mais vivermos, mais podemos dever os seus juros. O Banco do tempo é incorruptível, não volta jamais e cobra de todos. Não sou economista, e como médico procuro dar um bom exemplo. Alimento-me de maneira saudável, não como carne vermelha e faço caminhadas regulares com exercícios de alongamento (os Ritos Tibetanos) há mais de dez anos. E o mais importante, procuro não oscilar mais de dois quilos o peso, sem alterá-lo há uns vinte anos. O conselho está dado, os juros serão cobrados. Portanto, mantenha sua saúde em dia. Faça o tempo trabalhar para você, ser seu aliado, seu fiador!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Implantes mamários

Quando, em 1960, Cronin e Gerow desenvolveram o gel de silicone para preenchimento das próteses mamárias, eles não imaginaram até onde chegaríamos. A evolução é constante, quem sabe se daqui a cinquenta anos o silicone seja coisa ultrapassada e os implantes sejam feitos de células-tronco, nas mamas ou em qualquer local onde se queira dar um volume ao corpo. Uma única certeza que temos hoje é que cada vez mais os resultados são melhores e mais pessoas procuram o cirurgião plástico para modelar seu corpo. As mamas são o “carro-chefe” e em todos os aspectos a “comissão de frente”. Há quinze anos, a procura para cirurgia mamária, em 80% dos casos, era para redução das mamas. Hoje, a cirurgia de Mamoplastia redutora não diminuiu, mas a procura para o aumento é tanta que a situação se inverteu. Outra alteração visível é o tamanho das próteses: há vinte anos, em torno de 130cc,; há quinze anos, de 180cc; há cinco anos, de 240cc; e hoje, algo em torno de 300cc. O menor tamanho que ainda utilizamos é de 240cc. Sempre salientamos a importância da proporção, onde, uma mulher de um metro e cinquenta com uma prótese de 300cc fica muito artificial. A globalização (vide padrão americano) nos impõe tamanhos grandes, mas sempre temos que observar a idade, a presença de gestação anterior, as oscilações de peso e o aspecto psicológico da paciente. Falar de prótese de mama é redundante, os resultados estão aí, e já estão consagrados. Mas, e as outras próteses de silicone que podem ser colocadas no corpo? Na face, os implantes de nariz e de orelha não se demonstraram muito eficazes, e os enxertos de cartilagem e osso foram mais efetivos, com integração completa ao organismo. No mento (queixo) a prótese de silicone ainda é muito utilizada, mas as osteotomias estéticas de avanço de mento e a prótese de Hidroxiapatita porosa deixam resultados mais definitivos. No corpo, no entanto, a história é outra. Outras regiões como peitoral masculino, panturilha e a região glútea vêm tomando espaço na mídia e cada vez mais pessoas procuram corrigir estas regiões. O peitoral masculino, assim como o bíceps, em minha opinião, é melhor modelado com a atividade física bem orientada e continuada. Os implantes de panturilha no início deixaram alguns casos insatisfatórios, muitas vezes havia uma queda para o tornozelo da prótese, tendo que ser retirada. As próteses glúteas estão em franca expansão com as novas técnicas. No princípio, os implantes glúteos eram colocados no subcutâneo, abaixo da pele. Muitos resultados ruins, com próteses mostrando irregularidades e assimetrias, tendo que serem retiradas depois. Então resolveram colocar a prótese abaixo do músculo glúteo maior, esteticamente ficavam muito boas, no entanto, a anatomia não permitia colocar no local ideal, pois o nervo ciático era comprimido e o implante novamente tinha que ser retirado. Agora, elas são colocadas dentro do músculo, com resultados bem melhores. Ainda aguardamos uma maior sedimentação da técnica, pois ainda vemos muitos casos de reoperação para retirar hematomas ou reposicionar a prótese, e em outros casos, preenchimentos extras com enxertos de gordura (que também têm suas limitações) são necessários. Os implantes mamários, hoje têm garantia indefinida, não havendo necessidade de troca. As próteses são feitas com gel coesivo e muitas camadas externas oferecem uma resistência muita grande, impedindo rupturas. O desenho dos implantes está evoluindo com uma melhor projeção, já encontramos os modelos "Biodesign" para cada tipo de tórax. É a cirurgia plástica mais realizada!

quinta-feira, 20 de março de 2014

Geografia Humana


Nossas rugas são regatos, relevos sulcados pelo tempo.
Onde a chuva e o vento trabalham a sua maneira.
Construindo picos nevados e desertos,
tornando nossa face um mapa único.


Cachoeiras formadas por lágrimas transbordam dos olhos.
Canions escondem tesouros, sob pêlos e cicatrizes.
Nossa boca, um vulcão por onde a terra tudo extravasa.
Nossos pensamentos e raivas na forma de lava.


Nosso horizonte fica além da fronteira, sempre a expandir,
sempre buscando amanhãs. Como os rios a procura do oceano.
Trilhando geografias, criando ilhas, separando continentes.


O tempo vai modelando tudo, crespando as curvas dos vales.
Narizes e ouvidos são montanhas e serras de longevidade.
Luvas para mãos, máscaras para idade.

Isaac Furtado.


Arte de Ed Fairburn.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Nas fronteiras do cérebro

Na antiga civilização Egípcia o nosso cérebro não era muito valorizado. Tanto é que, no processo de mumificação, ele era o primeiro a ser eliminado e esvaziado pelo nariz. O coração sim, este foi por muitos séculos considerado a fonte da vida e do saber. Hoje, em pleno século XXI, estamos mais próximos do que nunca de desvendar os segredos do cérebro. Da sua anatomia já sabemos muito, da sua fisiologia estamos cada vez mais próximos de entender os processos muito delicados de como funciona a memória, do caminho das vias sensitivas e motoras até as funções cognitivas. Freud já estudou muito os nossos sonhos, e deles retirou muitas interpretações que ainda hoje são discutidas por psiquiatras e estudiosos da área. Ele foi fundo, lá no nosso inconsciente, nas memórias mais escondidas e ocultas. No século XX, muito foi descoberto do córtex, das áreas específicas como visão, fala e audição. Os processos degenerativos do cérebro, como Alzheimer e Parkinson, são cada vez mais decifrados, podendo estar ligados a genes ativados ou desativados de modo anormal. Onde medicamentos e intervenções cirúrgicas são utilizados para diminuir o avanço destas patologias. No entanto, muito ainda falta. Com o advento da computação, houve uma oportunidade de criar programas, para que possamos fazer estudos de como o cérebro realmente funcionaria. Com a cibernética e a robótica foi criada uma interface entre o homem e a máquina. Hoje, já vemos mãos biônicas que são controladas por sensores fazendo uma conexão entre neurônios e cabos elétricos. Sensores ligados à retina fazendo pessoas enxergar novamente. Exoesqueletos já estão em andamento para que deficientes possam andar. Um cientista brasileiro, Dr. Miguel Nicolelis e os seus colegas da Universidade de Duke, têm planos de fazer uma criança paraplégica dar o pontapé inicial na copa do mundo em junho. Estudos em ratos demonstram áreas da memória que brilham quando ativadas. As cores do pensamento começam a ser pintadas em uma tela maravilhosa, e o artista principal com apenas 1,4 quilo tem muito a nos encantar. Acredito que muita coisa boa ainda está por vir, que nossos neurônios façam trocas com redes de informação através de terabytes para computadores super avançados. Que back-ups da nossa memória sejam feitos, e também possamos aprender apenas nos conectando a um pen-drive, ou algo parecido. Ficção? Talvez, mas só o futuro nos dirá!

sexta-feira, 14 de março de 2014

Não somos de aço!

O aumento mais rápido dos músculos é a principal causa do uso de anabolizantes. Muitos começam apenas com suplementos alimentares que são nutrientes elaborados a partir de aminoácidos, proteínas e carboidratos. Os suplementos são apenas coadjuvantes e só trazem benefícios quando associados à atividade física e boa alimentação. E mesmo os suplementos devem ser orientados por um profissional de saúde, pois em excesso, podem causar danos no fígado. Uma dieta rica em proteínas se faz necessária quando a atividade física é intensa. Para pessoas que procuram um corpo definido e normalmente fazem musculação diariamente, o resultado chega a determinado ponto em que não veem mais aumento dos músculos, ou veem outras pessoas com uma musculatura mais definida e maior. Então, elas partem para outros recursos, como o uso de anabolizantes, para obter um crescimento maior dos músculos. O nosso organismo funciona com um delicado equilíbrio entre os sistemas endócrino, neurológico e imunológico. Os anabolizantes são hormônios esteroides, e um aumento pequeno de um hormônio pode causar outras alterações mais graves no corpo. Logo, quando uma pessoa ingere ou injeta alguma substância com o intuito de conseguir aumento muscular, com certeza, terá muitos malefícios. Alguns deles para ambos os sexos, como pressão alta, podendo levar a um AVC (acidente vascular cerebral, o derrame); tumores que são estimulados pelos hormônios (na mama, próstata e no fígado), perda de cabelo; alteração nos ossos do crânio; aparecimento de acnes. Nos homens existe a hipertrofia de próstata, atrofia de testículos, aumento das mamas (ginecomastia) e diminuição da libido. Nas mulheres, o aumento de pelos, a voz mais grossa, o ciclo menstrual desregulado ou ausente. Logo, os efeitos adversos e colaterais devido ao uso de esteróides anabólicos vão aumentando conforme o aumento das dosagens e como num ciclo vicioso, tornando-se cada vez mais necessários e devastos. Os efeitos fisiológicos benéficos na musculatura não justificam o uso dos anabolizantes quando olhamos o organismo como um todo. Não recomendo em nenhuma. Arte: Park Seung Mo

terça-feira, 11 de março de 2014

Quelóide

Quando ocorre o fechamento de cicatriz, no nosso corpo começa um processo de refinamento e clareamento daquele local. Porque algumas pessoas têm uma cicatriz tão perfeita, quase imperceptível, e outras formam verdadeiros tumores na região afetada? A cicatrização tem três etapas distintas. A primeira é a fase Inflamatória com duração de alguns dias (em torno de quatro), a segunda é a Proliferativa, com duração de vinte dias (aproximadamente) e a última é a de Maturação que inicia no 21º dia, podendo durar meses. É na última fase que o processo de cicatrização vai se estabelecer como boa ou má cicatriz. A densidade celular e a vascularização da ferida diminuem, enquanto há a maturação das fibras colágenas. Ocorre uma remodelação do tecido cicatricial formado na fase anterior. O alinhamento das fibras é reorganizado a fim de aumentar a resistência do tecido e diminuir a espessura da cicatriz, reduzindo a deformidade. Durante esse período a cicatriz vai progressivamente alterando sua tonalidade passando do vermelho escuro ao rosa claro. No entanto, em algumas pessoas não ocorre a redução do colágeno e alguns fatores da segunda fase ainda continuam agindo, ocorrendo um aumento da cicatriz. Existe uma diferença entre cicatriz hipertrófica e queloide. Na cicatriz hipertrófica, a causa principal é a localização, normalmente em regiões de articulações ou onde existem muita tensão e movimento. Já o queloide não depende desses fatores externos, mas da tendência intrínseca de cada pessoa. A cicatriz hipertrófica é larga, mas não é muito alta. O queloide é alto e o seu limite pode ser vegetante (expandindo-se além do limite da cicatriz), com dor e prurido (coceira) no local. O melhor tratamento, como sempre, é a prevenção. Nas primeiras semanas depois da cirurgia, os curativos são primordiais para uma boa cicatriz. Em seguida, o uso de placa, gel ou spray de silicone inibem a proliferação de vasos no local, assim como a massagem com algumas substâncias, como o corticóide e a Rosa Mosqueta que também são muito úteis. O melhor corticóide indicado é a Triancinolona que, em casos mais graves, pode ser injetada pelo médico, com muito cuidado, no local, pois pode formar uma depressão se aplicado em demasia. Existe também uma forma de radioterapia para o tratamento do queloide, que é a Betaterapia. Esta deve ser feita até 48 horas depois da retirada da lesão, para que tenha uma boa ação. Os tratamentos podem ser somados e devem ser bem acompanhados pelo cirurgião, pois a persistência é o maior aliado no tratamento do queloide. Estudos com células-tronco oferecem perspectivas no tratamento e prevenção do queloide, que hoje é um dos maiores inimigos do cirurgião plástico.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Saúde!

Todo ano desejamos o mesmo: muita saúde, dinheiro no bolso... Mas, a saúde é o realmente importa. E como vai a sua? Quais os seus planos para melhorá-la no próximo ano? Muitos quilos para perder? Começar uma atividade física? Pois bem, faça tudo junto e misturado, faça aquilo que ninguém pode fazer por você! Faça com que o próximo ano e o tempo corram a seu favor. Para isto dizemos que a atitude pró-ativa é fundamental. Para começar pergunte a você mesmo, o que está faltando? O que está em excesso? Eu já sei a resposta e você também. Então, o que você está esperando para que 2014 faça a diferença? Vivemos num mundo de muitas exigências, muitas coisas a fazer, cobranças e expectativas. Pois eu lhe digo deixe tudo pela metade, não deixe de fazer, apenas deixe de correr tanto. Correr não faz bem a ninguém, envelhece, produz radicais livres, aumenta o coração e quando você estiver com noventa anos não vai correr no mesmo ritmo, então o seu coração não vai entender porque é tão grande. Apenas caminhe, caminhe sempre e periodicamente. Caminhe próximo da natureza! Ouça o Sabiá, o Soim que pula do galho chamando os outros, interaja com a natureza e faça parte dela. Essa é a primeira dica que eu lhe dou: cinquenta minutos de atividade física três vezes por semana (cinco quilômetros de caminhada). Nos outros dias faça alguma atividade de musculação, Ioga, dança de salão, ou Pilates ( eu faço os Ritos Tibetanos). Apenas mexa-se! Mais duas dicas: durma e coma bem! Para dormir, leia um bom livro, por melhor que ele seja, vai lhe dar sono. Jamais apele para a televisão (a grande vilã da insônia). E melhor do que qualquer remédio para dormir, tome uma taça de vinho tinto, que irá relaxar sua musculatura, ou simplesmente um copo de leite quente com canela. A última dica é o seu alimento. Faça do seu alimento seu medicamento, já dizia Hipócrates. A ansiedade é a maior inimiga da alimentação. Ela faz com que você extrapole o necessário e esqueça-se do verdadeiro prazer do alimento. Não seja glutão, seja gourmet! Na manhã do dia primeiro imagine os seus planos para um ano mais saudável, mais feliz, mais leve e produtivo. Torcemos por um mundo mais saudável, belo e longevo.