quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A obesidade epidêmica

A obesidade vem adquirindo proporções epidêmicas, com um bilhão de obesos no mundo, ela é considerada uma doença universal e um dos principais problemas de saúde pública da sociedade moderna. Os riscos acarretados pela obesidade são associados às doenças crônicas, como diabetes mellitus, dislipidemia, doenças cardiovasculares, alterações da coagulação, doenças articulares degenerativas, neoplasias, apneia do sono etc. Os pacientes com obesidade grave, chamada de obesidade mórbida, têm um aumento de 250% na mortalidade em relação a pacientes não obesos.
    O diagnóstico deve ser etiológico, qualitativo, e quantitativo. O diagnóstico quantitativo se refere à massa corpórea ou à massa de tecido adiposo. Na prática o cálculo do índice de massa corpórea ( IMC ou BMI, de body mass índex ), que é o peso (em quilos) dividido pelo quadrado da altura (em metros), é ainda o mais utilizado. E o diagnóstico qualitativo se refere à distribuição de gordura corporal ou à presença de adiposidade visceral. Quando esta gordura é centralizada tem um pior prognóstico com relação às doenças cardiovasculares e metabólicas.
    O tratamento da obesidade não é meramente estético, mas tem como função a reintegração do obeso á sociedade ativa. Inicialmente, o tratamento é dietético e comportamental, associado a uma atividade física monitorizada. Muitas vezes torna-se necessário um acompanhamento psicológico, e o uso de fármacos como complementação em alguns casos. Na obesidade mórbida, o tratamento é a cirurgia de redução gástrica, chamada de Cirurgia Bariátrica. A cirurgia feita normalmente por laparoscopia (pequenos furos no abdome), onde o estômago é desviado do seu trânsito e é feita uma derivação das alças do intestino. Existe uma alteração metabólica e física de toda digestão, e doze meses após a cirurgia, os pacientes sofrem uma perda de peso em média de 40%, determinando um grande excesso de pele em diversas áreas do corpo. Após este período, existe a necessidade e a indicação da cirurgia plástica, que irá depender de fatores individuais como a elasticidade da pele, a idade, a distribuição da gordura anteriormente. As cirurgias realizadas nestes pacientes têm como objetivo aumentar sua auto-estima, concluindo o tratamento sem os estigmas da obesidade extrema.



Longevidade, prevenção e cirurgia plástica

       O homem está programado para viver mais de cem anos. Em um século, conseguimos duplicar nossa expectativa de vida, graças aos avanços da ciência e da medicina. No entanto, o ritmo da vida moderna e outros fatores atuais interferem para uma maior longevidade. Entre eles, estão a má alimentação, o sedentarismo, o estresse, o álcool, o fumo e a violência urbana. Muitos deles poderiam ser evitados ou amenizados. A prevenção é obtida principalmente com uma boa alimentação, que após a terceira década deve ser acrescida de uma suplementação vitamínica. O esgotamento do solo, a excessiva industrialização dos alimentos e a grande quantidade de aditivos, agravam o problema. Os estudos atuais demonstram que nossa capacidade em absorver nutrientes e vitaminas dos alimentos, diminui à medida que envelhecemos. No entanto, suplementos vitamínicos, medicamentos e cirurgias muitas vezes não são suficientes. A medicina do século XXI esta voltada para a prevenção e a profilaxia é o caminho mais seguro para a longevidade. Novas drogas experimentais envolvendo os Telómeros (a extremidade dos cromossomos, que se desgastam com a idade) estão fazendo ratos senis se tornarem jovens, inclusive com retorno da capacidade reprodutiva e aspecto externo (fenótipo) melhor.
       A Cirurgia Plástica tem como objetivo transcendente, a tentativa de harmonização do corpo com o mente. Visando restabelecer o equilíbrio interno, permitindo ao paciente reestruturar-se e reencontrar-se consigo e com o universo que o cerca. No entanto, além das limitações anatômicas e das particularidades de cada um, o resultado pode ser alterado por muitos fatores. E a interpretação final da cirurgia pode ser muito benéfica para o paciente preparado. Por outro lado, quando má indicada, por melhor que seja executada, jamais trará satisfação ao paciente ansioso (Ex: paciente com DDC-Distúrbio Dismórfico Corporal). Felizmente, na maioria dos casos, muitos procedimentos cirúrgicos e ambulatoriais são capazes de minimizar as marcas do tempo. A Blefaroplastia e a Ritidoplastia são as cirurgias mais realizadas com este fim. Associadas ao preenchimento de rugas com gel de Ácido Hialurônico, paralisação parcial da mímica com a toxina Botulínica e a utilização de produtos que melhoram a qualidade da pele ( como o DMAE, o Ácido Alfa Lipóico e a Vitamina C).

       A Medicina Preventiva é a grande aliada da vida. Após a terceira década são necessárias visitas médicas anuais, onde homens e mulheres necessitam de prevenções específicas. Os profissionais de cada especialidade devem trabalhar em conjunto e em prol do bem estar dos seus pacientes. A relação médico-paciente é primordial para o sucesso do tratamento. É necessária uma abordagem holística, para que haja uma perfeita homeostase das nossas funções vitais com a mente. Pois, um número crescente de doenças e sintomas psicossomáticos é encontrado nos consultórios médicos, como reflexo da vida moderna e do trabalho sobrecarregado. É preciso manter um ritmo de vida saudável, fazer do trabalho uma atividade prazerosa intercalada de repouso e meditação. Sempre buscando o objetivo para os seus atos, uma razão suprema ou simplesmente um motivo para viver mais e melhor.