sexta-feira, 26 de março de 2021

Bon Voyage!

 


Olhando o imenso mar, alguém um dia se perguntou, o que haverá além do horizonte? Ele fez uma canoa e partiu com um remo na mão e uma ideia na cabeça, determinado a não mais voltar. No mar feroz mergulhou, escapando dos perigos, segurando as oportunidades sem medo. Em alguns momentos, até cantou, dançou... Pois, sem alegria, de que adianta navegar?

O globo não para de girar, somos pequenos espelhos com um único objetivo, brilhar! Estamos fadados às mudanças. E quem não deixar de rastejar, não voar alto, nunca escreverá sua história. Que seja uma história de amor, uma comédia, um poema apenas que alguém lhe inspirou.

A jornada é grande, então, pare por alguns momentos, tome uma xícara de chá. Não importa a sua origem, todos nós, um dia, atravessaremos o mar. Segure nas cordas do convés, solte as velas, deixe o vento soprar seus cabelos e lhe guiar.

Deixe-se apaixonar, dedique sua vida ao amor, a alguém. Que chova pétalas de rosas! Que chova sempre esperança! E quando sua viagem sair do mar, que ela siga pelo céu numa frota de balões unidos pela imaginação. Nessa viagem sem volta, uma viagem espetacular que é viver.


Isaac Furtado 


Ilustração: colagem digital feita para #februllage2021 


sábado, 20 de março de 2021

PENTECOSTES





Mãos que apoiam, são as mesmas que batem. Mãos que pintam, que operam, são as mesmas que cruzam e no peito descansam.

Mãos que aceitam, reconhecem o momento, afagam o corpo e a alma em aflição. Mãos de Maria, de Madalena, todas em oração.


Mãos que aceitam toda sina, que atendem o chamado. Mãos que abrem e fecham os cadeados da razão. Fazem figa ou gesto de ação.


Olhos que falam para o alto, que pedem uma explicação. Olhos que fogem das órbitas, viajam por todas as nações. E falam em uma só língua, a fé.


Olhos cheios de graça que pregam por nós.

Olhos cheios de luz e poesia. Não és simplesmente Maria, és Nossa Senhora.


Olhos de pedra bruta, que podem ser lapidados.

Olhos preciosos que brilham, pedindo para ser lembrados, e choram gotas de diamantes.


Asas que voam bem alto, mesmo pequenas, podem ser velozes. Asas mais do que penas, são vozes aladas. Mãos de divina criação.


Asas da divina trindade abertas para o perdão.

Asas de puro Espírito, nos guiando à compreensão utópica da união.


Asas delicadas do Putti, sempre trabalhando em prol do amor. Asas que cabem em ti e em mim, quando juntos voamos para onde for.


Isaac Furtado 


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