terça-feira, 14 de junho de 2016

VELHO MAESTRO II




Pois é velho maestro!
Depois de tanto esforço desprendido.
Tantos exageros! Quantas taças a mais,
por noites adentro derramadas?
Vai valer cada pulsar acelerado,
e cada palpitar no peito desmedido,
terá o seu motivo de existir.

Seja por raiva, ou amor desvairados,
nunca em plena razão desistir pela hora final,
tranquilo eu espero.
Pois, no último aperto, na dor derradeira,
com as lágrimas embotadas, eu te digo,
o cansaço será apenas um suspiro,
um até mais descompromissado.

E do futuro distante, eu pouco ligo,
tão pouco, suas interrogações demasiadas.
pois,E quero mais é exclamar o passado.
E como o tempo não descansa jamais,
enquanto força e fôlego eu tiver,
brandarei o meu verso descompassado,
a bater, a pulsar, a viver...

Isaac Furtado