quarta-feira, 19 de março de 2014

Nas fronteiras do cérebro

Na antiga civilização Egípcia o nosso cérebro não era muito valorizado. Tanto é que, no processo de mumificação, ele era o primeiro a ser eliminado e esvaziado pelo nariz. O coração sim, este foi por muitos séculos considerado a fonte da vida e do saber. Hoje, em pleno século XXI, estamos mais próximos do que nunca de desvendar os segredos do cérebro. Da sua anatomia já sabemos muito, da sua fisiologia estamos cada vez mais próximos de entender os processos muito delicados de como funciona a memória, do caminho das vias sensitivas e motoras até as funções cognitivas. Freud já estudou muito os nossos sonhos, e deles retirou muitas interpretações que ainda hoje são discutidas por psiquiatras e estudiosos da área. Ele foi fundo, lá no nosso inconsciente, nas memórias mais escondidas e ocultas. No século XX, muito foi descoberto do córtex, das áreas específicas como visão, fala e audição. Os processos degenerativos do cérebro, como Alzheimer e Parkinson, são cada vez mais decifrados, podendo estar ligados a genes ativados ou desativados de modo anormal. Onde medicamentos e intervenções cirúrgicas são utilizados para diminuir o avanço destas patologias. No entanto, muito ainda falta. Com o advento da computação, houve uma oportunidade de criar programas, para que possamos fazer estudos de como o cérebro realmente funcionaria. Com a cibernética e a robótica foi criada uma interface entre o homem e a máquina. Hoje, já vemos mãos biônicas que são controladas por sensores fazendo uma conexão entre neurônios e cabos elétricos. Sensores ligados à retina fazendo pessoas enxergar novamente. Exoesqueletos já estão em andamento para que deficientes possam andar. Um cientista brasileiro, Dr. Miguel Nicolelis e os seus colegas da Universidade de Duke, têm planos de fazer uma criança paraplégica dar o pontapé inicial na copa do mundo em junho. Estudos em ratos demonstram áreas da memória que brilham quando ativadas. As cores do pensamento começam a ser pintadas em uma tela maravilhosa, e o artista principal com apenas 1,4 quilo tem muito a nos encantar. Acredito que muita coisa boa ainda está por vir, que nossos neurônios façam trocas com redes de informação através de terabytes para computadores super avançados. Que back-ups da nossa memória sejam feitos, e também possamos aprender apenas nos conectando a um pen-drive, ou algo parecido. Ficção? Talvez, mas só o futuro nos dirá!

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