domingo, 20 de dezembro de 2020

Ode à Beethoven

 


Ouvindo o vento agitando as folhas da jardineira, e crianças brincando distante, lembrei-me de Beethoven. Como pode alguém compor uma música sem ouvir a melodia, uma nota sequer? Apenas na lembrança dos acordes? Na experiência quase matemática pautada com Claves? Apenas com a imaginação? Assim, resumimos os gênios, aqueles que encantam pelo inexplicável. Arautos silenciosos da sua criação. Aqueles que transcendem as fronteiras, e tornam-se imortais sem querer. Trazem orgulho à humanidade através de uma ideia, uma invenção, uma obra prima na forma de sinfonia. Uma ode à alegria. 

As folhas estão menos agitadas, num doce chacoalhar do início da tarde, as crianças foram almoçar, Beethoven acorda e nos diz:


 "Abracem-se milhões!

Enviem este beijo para todo o mundo!

Irmãos, além do céu estrelado

Mora um Pai Amado

Abracem-se milhões!

Enviem este beijo para todo o mundo!

Alegria, formosa centelha divina

Filha do Elíseo

Alegria, formosa centelha divina, centelha divina"*.


Homenagem aos 250 anos do nascimento de Ludwig van Beethoven. (*parte final da 9a. Sinfonia)


Aquarela e texto de


Isaac Furtado