sábado, 20 de março de 2021

PENTECOSTES





Mãos que apoiam, são as mesmas que batem. Mãos que pintam, que operam, são as mesmas que cruzam e no peito descansam.

Mãos que aceitam, reconhecem o momento, afagam o corpo e a alma em aflição. Mãos de Maria, de Madalena, todas em oração.


Mãos que aceitam toda sina, que atendem o chamado. Mãos que abrem e fecham os cadeados da razão. Fazem figa ou gesto de ação.


Olhos que falam para o alto, que pedem uma explicação. Olhos que fogem das órbitas, viajam por todas as nações. E falam em uma só língua, a fé.


Olhos cheios de graça que pregam por nós.

Olhos cheios de luz e poesia. Não és simplesmente Maria, és Nossa Senhora.


Olhos de pedra bruta, que podem ser lapidados.

Olhos preciosos que brilham, pedindo para ser lembrados, e choram gotas de diamantes.


Asas que voam bem alto, mesmo pequenas, podem ser velozes. Asas mais do que penas, são vozes aladas. Mãos de divina criação.


Asas da divina trindade abertas para o perdão.

Asas de puro Espírito, nos guiando à compreensão utópica da união.


Asas delicadas do Putti, sempre trabalhando em prol do amor. Asas que cabem em ti e em mim, quando juntos voamos para onde for.


Isaac Furtado 


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