Ouvindo o vento agitando as folhas da jardineira, e crianças brincando distante, lembrei-me de Beethoven. Como pode alguém compor uma música sem ouvir a melodia, uma nota sequer? Apenas na lembrança dos acordes? Na experiência quase matemática pautada com Claves? Apenas com a imaginação? Assim, resumimos os gênios, aqueles que encantam pelo inexplicável. Arautos silenciosos da sua criação. Aqueles que transcendem as fronteiras, e tornam-se imortais sem querer. Trazem orgulho à humanidade através de uma ideia, uma invenção, uma obra prima na forma de sinfonia. Uma ode à alegria.
As folhas estão menos agitadas, num doce chacoalhar do início da tarde, as crianças foram almoçar, Beethoven acorda e nos diz:
"Abracem-se milhões!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Irmãos, além do céu estrelado
Mora um Pai Amado
Abracem-se milhões!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Alegria, formosa centelha divina
Filha do Elíseo
Alegria, formosa centelha divina, centelha divina"*.
Homenagem aos 250 anos do nascimento de Ludwig van Beethoven. (*parte final da 9a. Sinfonia)
Aquarela e texto de
Isaac Furtado
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