A música começava ao fundo,
um leve movimento de quadris.
E ela partia da pista para o mundo.
Muito mais do que atleta, ou atriz.
Muito além de um simples salto.
Os movimentos eram ágeis e sutis,
fazendo crer que havia um pacto,
uma trégua com a gravidade.
E ela levitava, sem impacto.
Não sei o que era mais impressionante.
O equilíbrio, a força, a desenvoltura.
Magia deixando o público delirante.
Medalha garantida a essa altura.
Simpatia na forma de mulher.
Melhor apenas era dizer,
Rebeca era o seu nome.
E ouvíamos no microfone:
É ouro, é ouro, é ouro!
Isaac Furtado
Nenhum comentário:
Postar um comentário